Desvendando os segredos da Semana Santa: uma jornada de Fé e Redenção

Descubra o significado profundo de cada dia da Semana Santa, a jornada emocionante que culmina na ressurreição de Jesus Cristo, renovando a esperança e a fé dos cristãos. A Semana Santa não é apenas uma preparação para a Páscoa, mas uma celebração cheia de significado e reflexão sobre a vida, a morte e a ressurreição de Cristo.

22/03/2024

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(SRC)

A Semana Santa é a mais importante para o Cristianismo, porque é nela que os cristãos se preparam para a Páscoa, que é onde Jesus Cristo, vence a morte e volta a estar entre seu povo. Mas será que já nos chegamos a se perguntar qual é o significado de cada dia da Semana Santa? Se não, hoje nós vamos descobrir, quais são os significados de cada dia dessa semana tão bela e importante pra igreja.

Domingo de Ramos

O Domingo de Ramos abre, por excelência, a Semana Santa, pois celebra a entrada triunfal de Jesus Cristo, em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, a Morte e a Ressurreição. Este domingo é chamado assim, porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão por onde o Senhor passaria montado num jumento. Com isso, Ele despertou, nos sacerdotes da época e mestres da Lei, inveja, desconfiança e medo de perder o poder. Começa, então, uma trama para condená-lo à morte. A liturgia dos ramos não é uma repetição apenas da cena evangélica, mas um sacramento da nossa fé, na vitória do Cristo na história, marcada por tantos conflitos e desigualdades.

Segunda-feira Santa

Neste dia, é proclamado, durante a Semana Santa, o Evangelho de São João. Seis dias antes da Páscoa, Jesus chega a Betania para fazer uma visita aos amigos de uma vida toda. Está cada vez mais próximo o desenlace da crise. “Ela guardava este perfume para a minha sepultura” (cf. João 12,7); Jesus já havia anunciado que sua hora tinha chegado. A primeira leitura é a do servo sofredor: “Olha o meu servo, sobre quem pus o meu Espírito”, disse Deus por meio de Isaías. A Igreja vê um paralelismo total entre o servo de Deus cantado pelo profeta Isaías e Jesus. O Salmo é o 26: “Um canto de confiança”.

Terça-feira Santa

A mensagem central deste dia passa pela Última Ceia. Estamos na hora crucial de Jesus. Cristo sente, na entrega, que faz a “glorificação de Deus”, ainda que encontre, no caminho, a covardia e o desamor. No Evangelho, há uma antecipação da Quinta-feira Santa. Jesus anuncia a traição de Judas e as fraquezas de Pedro. “Jesus insiste: ‘Agora é glorificado o Filho do homem e Deus é glorificado nele’”. A primeira leitura é o segundo canto do servo de Javé; nesse canto, descreve-se a missão de Jesus. Deus o destinou a ser “luz das nações, para que, a salvação alcance até os confins da terra”. O Salmo é o 70: “Minha boca cantará Teu auxílio.” É a oração de um abandonado, que mostra grande confiança no Senhor.

Quarta-feira Santa

Em muitas paróquias, especialmente no interior do país, acontece a famosa “Procissão do Encontro” na Quarta-feira Santa. Os homens saem, de uma igreja ou local determinado, com a imagem de Nosso Senhor dos Passos; e as mulheres saem de outro local, com a imagem de Nossa Senhora das Dores. Ocorre, então, o doloroso encontro entre Mãe e o Filho. O padre então proclama o célebre “Sermão das Sete Palavras”, fazendo uma reflexão, que chama os fiéis à conversão e a penitência.

Quinta-feira Santa:

Santos óleos – Uma das cerimonias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a benção dos santos óleos usados durante todo o ano pelas paróquias. São três os óleos abençoados nesta celebração o da Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos. Ela tem como presença os bispos e sacerdotes de toda a diocese. É um momento de reafirmar o compromisso de servir a Jesus Cristo 

Lava-pés – O Lava-pés é um ritual litúrgico realizado, durante a Celebração da Quinta-feira Santa, quando é lembrado a última ceia do Senhor. Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, quer demonstrar seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de sua mensagem; entretanto, essa celebração é a maior explicação para o grande gesto de Jesus, que é a Eucaristia. O rito do lava-pés não é uma encenação dentro da Missa, mas um gesto de litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus. O Bispo ou o Padre, que está lavando os pés de alguns fiéis na comunidade, está imitando o gesto de Jesus neste momento. E não é como uma peça de teatro, mas como compromisso de estar a serviço da comunidade, para que todos tenham a salvação, como Jesus fez.

Instituição da Eucaristia – Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, se celebra na tarde ou a noite da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao Tríduo Pascal, e faz memória da Última Ceia, quando Jesus, na noite em que foi traído, oferecendo ao Pai o seu Corpo e Sangue sob todas as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando também oferecer aos sucessores. A palavra “Eucaristia” provém de duas palavras gregas “eu-charis”, que significa “ação de graças”, e designa a presença notável e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de Pão e Vinho.

Instituição do Sacerdócio – A Santa Missa é, então, a celebração da Ceia do Senhor, quando Jesus num dia como hoje, véspera de sua paixão pelos seus fiéis, “Durante a refeição, tomou o pão, benzeu-o, o partiu-o, e o deu aos seus discípulos, dizendo: ‘Tomai todos e comei, isto é o meu corpo’ (cf. Mt 26,26). Ele queria que seus discípulos lembrassem d’Ele abençoando o pão e o vinho que seria entregue a eles: Fazei isto em memória de mim”. Com essas palavras, o Senhor instituiu o sacerdócio católico e deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia. 

Sexta-feira Santa

A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da santa cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade.

Via-Sacra – Ao longo da Quaresma, muitos fiéis fazem a Via Sacra como uma forma de meditar o caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz. A Igreja nos propõe esta meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na doação e na misericórdia de Jesus que se doou por nós. Em muitas paróquias e comunidades, são realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo por meio da meditação das 14 estações da Via-crúcis.

Sábado Santo

O Sábado Santo não é um dia de luto, em que “nada acontece”. Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A grande lição é essa: Cristo está no sepulcro, desceu a mansão dos mortos, ao mais profundo que uma pessoa pode ir. O próprio Jesus está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de Seu último grito na cruz – “Por que me abandonaste?” –, Ele cala no sepulcro agora. Descanse: “tudo está consumado!”.

Vigília Pascal – Durante o Sábado Santo, a Igreja fica junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua Paixão e Morte, sua descida à Mansão dos Mortos, esperando, na oração e no jejum, a sua Ressureição. Todos os elementos especiais da vigília estão presentes para ressaltar o conteúdo principal da Noite: A Páscoa do Senhor, Sua passagem da morte para a vida. A celebração ocorre no Sábado à noite. É uma vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (cf. Lc 12,35-36), tenham acesas as lâmpadas, como os que esperam seu senhor chegar, para que, os encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa.

Benção do Fogo – Fora da Igreja, prepara-se a fogueira. Com o povo reunido em volta dela, o padre abençoa o fogo novo. Em seguida, o Círio Pascal, é mostrado ao sacerdote. Com um estilete, o padre faz nele uma cruz, falando palavras a eternidade de Cristo. Assim, ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do Império de Cristo sobre os cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo – homens, coisas e tempo – estão sob Sua potestade. 

Procissão do Círio Pascal – As luzes da Igreja devem ficar apagadas. O diácono toma o Círio e o ergue, por algum tempo, proclamando: “Eis a luz de Cristo!”. Todos respondem: “Demos graças a Deus!”. Os fiéis acendem suas velas no fogo do Círio Pascal e entram na Igreja. O Círio, que representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que nos leva pelas trevas. Terminada a Procissão, apagam-se as velas. 

Proclamação da Páscoa – O povo permanece em pé com as velas acesas. O presidente da celebração incensa o Círio Pascal. Em seguida, a Páscoa é proclamada. Esse hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, a alegria do Céu, da Terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos. Essa alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Terminada a proclamação, apagam-se as velas.

Liturgia da Palavra – Nesta noite, a paroquia cristã se detém mais do que o normal na proclamação da Palavra. As leituras da vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu é o próprio Cristo: “E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras” (Lc 24, 27). 

Domingo da Ressureição

 É o dia santo mais importante da religião cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do hebreu “Peseach”, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando dizemos “Cristo vive” não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança.

 

FONTE:

CNBB, O significado de cada dia da Semana Santa. Disponível em: https://www.cnbb.org.br/o-significado-de-cada-dia-da-semana-santa/